Este fim de semana, realmente, foi um dos mais
intensos da minha vida. Além de ter experiências extraordinárias com Deus, tive
a oportunidade de me relacionar com pessoas de diversos lugares do país que de
alguma forma me impactaram.
Sempre que algo tão arrebatador
acontece, tenho a iniciativa de reorganizar minha vida para manter um olhar
mais focado em Cristo. Com isso, retomei o livro de Hernandes Dias Lopes, que
já li algumas vezes, mas que continua a falar como um grito em meu coração: O Derramamento do Espírito, obviamente
a minha intenção era uma só: ser preenchido por completo da sensação de que Deus
me chamou para o sagrado ofício e eu tenho que busca-lo até O encontrar.
Mas dessa vez eu parei logo nas
primeiras páginas. Enquanto escrevo este texto, lembro-me das palavras
edificantes que me trouxeram de novo às teclas para expressar minha gratidão a
Deus por esta experiência.
O pastor Júnior Mendes, em sua mensagem
na noite de sábado, apresentou características da igreja e do discípulo, com
base em I Coríntios, a mais emocionante foi: nós precisamos estar dispostos a sofrer dano, não saiu da minha
mente esta definição, e em minha leitura me deparei com isto:
A intervenção de Deus, libertando a Romênia das
mãos impiedosas e cruéis de Ceausescu, em apenas dez dias começou no dia 15 de
dezembro de 1989 e acabou no dia 25 de dezembro do mesmo ano. A mudança radical
em toda aquela nação, que levou à queda de um ditador carrasco, foi iniciada
por uma pequena igreja reformada, de oitenta membros, na cidade de Timishoara.
A polícia secreta de Ceausescu cercou a casa do pastor Toderick para expulsá-lo
da cidade. Os crentes, corajosamente, cercaram a casa do pastor. A polícia
buscou reforço, e os cristãos da cidade uniram-se ao redor da casa, fazendo um
grande cordão humano. À noite, quando a polícia chegou, com violência e de
armas em punho, encontrou uma pequena multidão resistindo bravamente àquela
atitude autoritária. Um jovem batista comprou velas e as distribuiu aos crentes
presentes. As velas iam sendo acesas, à medida que a polícia, impiedosamente,
atirava sobre a multidão, abatendo homens, mulheres e crianças.
Esse jovem batista levou um tiro na perna.
Correram com ele para o hospital. Precisaram, de imediato, amputar-lhe a perna
para salvar-lhe a vida. Alguém, compadecido dele, perguntou: "Você está
arrependido?" Ele disse: "Não. Eu perdi uma perna, mas acendi a
primeira vela."
Quanto dano estamos dispostos a sofrer
para acender a primeira vela da mudança da igreja brasileira?
Perder uma perna pareceu aceitável
diante dos eventos que seguiram:
Dentro de uma semana, cerca de cem mil pessoas
estavam nas praças (...) Naquela mesma semana, caiu o ditador da Romênia e o
país ficou livre. (...) a igreja de Cristo, até então perseguida ali, está
florescendo extraordinariamente, e o país inteiro está se erguendo das cinzas.
Mas para nós, hoje, qualquer dano
parece demais, uma simples topada em obstáculos é motivo para o arrependimento.
Vivemos tão indispostos a sofrer, que a própria ideia do sofrimento não é bem
vista. O chamado de Paulo surpreende até mesmo os mais pessimistas quanto às
dificuldades da vida Cristã. Deus o chama para sofrer: “Revelarei a ele tudo
quanto lhe será necessário sofrer por
causa do meu Nome” At 9.16 (KJA). Ainda assim o Apóstolo recebe sua sina
com alegria, pois sabia que estava acendendo velas para a mudança do mundo.
Somente com o Espírito, nosso mentor, mantemos a fidelidade necessária para sofrer o dano que assombra todos que insistem em ser missionais.
Curiosamente, no livro de Lopes, encontrei a mesma
necessidade que as mensagens que ouvi neste fim de semana suscitaram: clamar mais por poder de Deus. Porque
ainda nos falta coragem e fidelidade ao chamado de Deus, para sofrermos o dano
e ainda assim exaltar a Cristo em meio a nossa geração.
Que a Paz de Cristo esteja com você.
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