quarta-feira, 19 de outubro de 2016

Cunha preso: O José que não fugiu.

Tenta imaginar por um segundo se o Príncipe do Egito [aquele mesmo que víamos no desenho infantil] não tivesse fugido da mulher de Potifar? Se ele tivesse ficado e só olhado? Ou quem sabe o que mais poderia ocorrer, já que estavam os dois a sós.

O ex-deputado Eduardo Cunha, conhecido aqui no Rio de Janeiro como um “cristão” (depois justifico as aspas) comprometido com o povo e com todos aqueles que precisam de ajuda, tinha um slogan: “O povo merece respeito”. (Me parece cada vez mais sombrio) Porém, ontem, 19 de outubro, o antigo presidente da Câmara Federal, foi preso, por determinação do juiz federal Sérgio Moro, sob suspeita de corrupção. >>Mais precisamente ele recebeu um bom dinheiro que escondeu na Suíça e Deus sabe onde mais.<<

Uma das linhas de defesa adotadas sobre o assunto, foi dizer que as coisas não são bem o que parecem, que o dinheiro não vinha de onde parecia vir e que tudo ficaria claro após minuciosas explicações.

Como cristão fico profundamente decepcionado [mas ao mesmo tempo chamado a maior retidão de caráter] de ouvir algo assim, pois o caso de José, descrito no primeiro livro da Bíblia, já apresenta uma situação em que os limites são claros, não se pode servir a Deus e desobedecer regras. José não podia tocar na mulher de Potifar, não dava para ele continuar íntegro se vacilasse nisso. Pior ainda, ele não podia nem mesmo aparentar um vacilo, então ele correu. Júlio César, imperador romano, ao se separar de Pompéia declarou: "minha esposa não deve estar nem sob suspeita"; ouso dizer [se é que ninguém já disse] que: "o cristão não deve estar nem sob suspeita" por isso as aspas lá em cima.

Cunha, pelo cargo que ocupava, pelo mandato que exercia, tinha uma responsabilidade social e como “cristão” tinha uma responsabilidade constitutiva de FUGIR. Não deste escândalo de ser preso preventivamente, não de ser cassado, não de ser acusado, tinha que fugir da aparência do mal. Se as coisas não são o que parecem já é mais um motivo para o cristão estar longe, nós somos do dia, quando as coisas são feitas as claras, quando não somos todos gatos pardos.

Se cada Cristão aprender a riqueza das informações contidas em I Tessalonicenses 5, teremos uma igreja melhor e um mundo melhor. Com pessoas mais fieis como José a Política tem jeito, o Brasil tem jeito. Lá no texto Sagrado há uma relação entre a fidelidade de Cristo e o cumprimento em nós da semelhança com ele, e a informação prática mais contundente é FUGIR de tudo que te faça ser menos parecido com Cristo.

Cunha não é um cristão sendo preso, Eduardo Cunha é um homem que ainda não aplicou um princípio básico do ensinamento Cristão:

Afastem-se de toda forma de mal. I Tessalonicenses 5:22

sexta-feira, 30 de setembro de 2016

Nestas eleições não vote em...

Candidatos que não apoiam a diversidade religiosa: Muitos estão fazendo suas bandeiras criticando alguns candidatos por suas manifestações de fé, e isso não é bom pra ninguém.

Candidatos que pretendem aplicar ideologias mal sucedidas: 
Alguns debates têm sido esclarecedores, e alguns acabam pregando uma ideologia que já foi comprovadamente fracassada em outros lugares (aqui cabe falar de pautas como: armar a guarda municipal, dar passe livre nos ônibus para desempregados, e qualquer outra ideologia que tende a diminuir as liberdades sociais)

Candidatos que não reconhecem os excessos de seus posicionamentos: Temos visto verdadeiros radicais políticos, polarizando a população gerando um estado de iminente guerra civil... jargões como: vamos lutar, não vamos ceder, revolução, esta é a única possibilidade; são eventualmente frases de radicais.

Candidatos que denigrem gratuitamente a imagem de seus companheiros de disputa: Todos estão ali com um objetivo, ganhar, mas se seu candidato abandona a ética para levar o prêmio pra casa, com certeza ele não merece o prêmio que é o seu voto.

Candidatos que não tenham experiência em gerir: Por mais carismático que seu candidato seja, ele precisa estar pronto para enfrentar os desafios deste importante cargo.




Agora só para Cristãos:

Vote em alguém que, a despeito da religião, valorize valores que nos são caros: Não seja contra a vida, não pense em favorecer uns em detrimento de outros, não apoie a violência, ainda que tutelada pelo Estado... etc.

Vote pensando no bem-estar de todos os cidadãos:
Jesus jamais elegeria alguém que ama os seus amigos e odeia os seus inimigos, Jesus não votaria em alguém que é incapaz de se importar com a dor, mesmo daqueles que pecaram.

Vote em alguém que vai garantir liberdade: Para que o espírita possa escolher continuar espírita ou não; que o ateu possa escolher ser ateu ou não; que o evangélico possa continuar sendo evangélico ou não... Enfim, vote em alguém que prega a liberdade, igualzinho Jesus pregou...

Não vote em candidatos que dizem coisas ofensivas: tanto a respeito de Deus como da igreja: (católica, evangélica, luterana, anglicana, messiânica).


Vote em quem vai gerir a cidade com amor a todos os grupo que a compõe...



Vote certo!



domingo, 11 de setembro de 2016

Como ter fé?

“Se aprendemos uma coisa com a tragédia é que a vida é curta e não há espaço para o ódio” Sandy Dahl, esposa do piloto do voo 93

Ontem, o mundo inteiro relembrou os acontecimentos de 11 de setembro de 2001, há 15 anos, o momento em que o planeta, chocado com a maldade humana, pode se sensibilizar pela a morte de milhares de pessoas de uma só vez.

Neste fato lamentável, não há uma lição mais importante para se guardar do que a fragilidade da vida, somos um sopro (Tg 4.14), e como tão rapidamente passamos e deixamos de ser, não podemos, de fato, deixar espaço para o ódio, nem mesmo daqueles que tanto nos fizeram sofrer.

A grande mensagem pregada por Jesus, indica que devemos amar, até mesmo nossos inimigos, ou seja, devemos nos comprometer com a construção e não com a destruição. Mesmo após tantos anos a própria vítima continua buscando meios de se vingar por tudo que aconteceu, de acordo com Patrick Thronson, advogado americano, Declarações de Emergência Nacional continuam vigentes, este documento permite que os EUA estejam em luta contra o Estado Islâmico, por exemplo e manter presença militar em cerca de 135 países, com a justificativa de combate ao terrorismo.

Não teremos um mundo mais justo lutando para estabelecer a paz com armas humanas: “Eu, porém, vos digo: Amai os vossos inimigos e orai pelos que vos perseguem” Mt 5. 44.
Não há tempo para buscarmos nosso direito de revidar, nem para corrermos atrás do prejuízo, fazer alguém pagar pelo que fez: A vida é curta demais! Devemos amar e orar, tratando os não merecedores como dignos de amor, e principalmente de nossa oração.
Se por ventura você sofreu com a perda de alguém ou de algo e o responsável ainda está “por aí”: ame e ore, jamais odeie.

Quando aquelas torres caíram e eu percebi do que o ser humano é capaz, pedi ao Pai que aumentasse a minha fé, pois como perdoar quem faz tanto mal, para isso a palavra de Jesus é certa em nos mostrar que não nos falta fé, e sim coragem para fazer o que Ele mandou. (Lc 17. 1-6)

terça-feira, 30 de agosto de 2016

Dilma caindo ou ficando, mais sobre esperança menos sobre política.

No final de todo este processo, após inúmeras tentativas de ambos os lados, me parece que uma impressão peculiar resta: não importa o lado que olhemos o cenário é de fim de guerra. Dia 31 de agosto, está marcado para ser o dia em que saberemos em que mão este bastão quebrado caminhará por mais alguns dias, nada é certo.

Não há, na política brasileira, um nome sequer que cause bons ânimos para o povo como um todo, todos estão divididos, quem ‘ganhar’ sai com a tarefa, quase impossível de renovar a esperança de um povo que foi violentamente desencorajado de acreditar.

Mas a nossa pátria está nos céus, donde também aguardamos um Salvador, o Senhor Jesus Cristo. (Fp 3.20)

Com a dupla cidadania que possuímos, ficamos tentados a esquecer a pátria terrena e em uma espécie de ostracismo, acreditar que só importa lutar pelo Céu. Porém, o maior tesouro de uma pátria é o seu povo, e o que mais importa a Cristo senão o povo, pelo qual ele mesmo morreu?

Não é hora de tratarmos tudo isso como política, não é hora de nos valermos daquela cidadania que nos agrada e desprezar esta que está amarrotada, não é uma roupa, que podemos nos despir e parecermos indiferentes a tudo. É hora de proclamar ESPERANÇA.
Esperança para o Povo que, apesar de não acreditar, precisa ver uma saída para tudo isso. Se as coisas vão mal, é por que nós deixamos de lutar pela pátria temporal, a “pátria amada”, deixamos de nos importar com pessoas que precisam de amor, de cuidado e sobretudo de esperança. Só que a única maneira de comunicar esperança é através do amor, sem amor, não vale nada nosso discurso.

Na bancada do Senado, homens e mulheres falam de seus pontos de vista, mas uma coisa é certa, a crise afeta o país, isso ninguém nega. Nunca antes estivemos tão próximos do fundo. Parei para pensa em como está sendo para aqueles que dependem dos outros para sobreviver, de um prato de comida, de um pedaço de pão, daqueles que não tem nada e contam apenas com a solidariedade, quantos deles estão sem esperança? Precisamos parar de olhar para partidos de oposição ou situação e olhar para o POVO, que sofre, que chora, que sente.

Se Dilma ficar, que a esperança se renove, se Dilma sair que a esperança aumente, “ainda que a terra se mude, e ainda que os montes se projetem para o meio dos mares; ainda que as águas rujam e espumem, ainda que os montes se abalem pela sua braveza.” que o POVO não esqueça que nossa ESPERANÇA continua por que: “Deus é o nosso refúgio e fortaleza, socorro bem presente na angústia” (Salmos 46).

Não vamos deixar as diferenças políticas atrapalhar o exercício do amor que produz esperança, vamos lutar para que nossa pátria terrena seja um reflexo da pátria celestial, de forma que progressivamente se torne mais justa, mais solidária, mais preocupada com os homens do que com os métodos. Por fim, não deixe de ajudar alguém, seja com um casaco, para proteger do frio, seja com um pedaço de pão para saciar a fome, seja com abraços e palavras para proclamar a ESPERANÇA.

No fim, o anel era de vidro e o amor era pouco


'Não existe amor eterno!’ Esta é a frase que marcou a repercussão da notícia mais quente da noite de segunda, em meio a toda uma expectativa nacional quanto ao processo de impeachment, que chega a sua fase final, um casal de 26 anos de trajetória juntos, Fátima e Willian, resolvem se separar e de forma, aparentemente pacífica, anunciaram aos seus fãs e a todos os interessados em ostentar paradigmas para suas próprias vidas nas telas da mídia.


Não posso, com todos estes fatos, deixar de falar sobre a decadência moral que a sociedade vive, não hoje, não agora, mas de longa data. Casais se separam em um percentual assombroso, nem por isso há tamanha repercussão na mídia, ou melhor, na vida das pessoas, 
quanto o acontecimento de dois referenciais. Aí mora a nossa decadência moral, não somente na dissolução do matrimonio, vinculo ‘sagrado’, mas na iniciativa internalizada por muitos cristãos de ostentarem para si modelos que são absolutamente falhos.

II Tm 3.1 apresenta um panorama das dificuldades enfrentadas pelos homens: “Sabe, porém, isto, que nos últimos dias sobrevirão tempos trabalhosos.” Os versículos que se seguem mostram como a decadência moral se concretiza na sociedade de forma avassaladora. 

Mas o que é a decadência moral?

Conforme o tempo vai passando as pessoas tendem a se desapegar de valores e princípios que regem a suas vidas, obviamente que isso tem um efeito mais temporal, pois se avaliarmos o nível de decadência moral experimentada pela igreja de Corinto, veremos que não se distancia muito do que é apresentado em algumas igrejas dos nossos dias, porém aqui quero tratar da questão pessoal. Eu hoje faço mais concessões ao pecado do que antes? Disso trata-se a decadência, quando os nossos próprios valores são sucateados por conta da nossa busca por prazer, ou conforto, ou inovação.

Os tempos trabalhosos que vivemos devem-se aos homens amantes de si mesmos, que preferem servir aos próprios interesses, homens que preferem olhar para Willian e Fátima, e esquecem de olhar para Cristo e a Igreja, deixando de lado os valores que regem nossas ações somos decadentes. Seja no casamento, no trabalho, nos estudos e em tudo mais. Acredito que a imperfeição é o fardo que devemos nos acostumar a carregar, mas nunca nos acomodar em tê-lo.

Efésios 5. 22-28, apresenta um modelo de amor matrimonial a ser seguido, um casal que, apesar da imperfeição, segue para eternidade no poder daquele que tem capacidade de ser paradigma eterno. Jesus e a Igreja, tornam-se o melhor modelo de casamento, marcado pelo amor sacrificial e pela submissão, nesta união, o Cristo é perfeito, mas a igreja não é, na jornada humana os dois são imperfeitos, mas ainda assim o casamento tem todas as condições de dar certo e cumprir o propósito de serem um, pois o casamento não é o lugar de acomodados.

Estamos longe de saber o que motivou a decisão do casal, mas podemos, com toda certeza, garantir que quando Jesus é o verdadeiro modelo de vida, todas as coisas podem ser restauradas, no casamento quando ambos decidem seguir o modelo sagrado, suas vidas são impactadas pela transformação que só Cristo pode proporcionar; nos estudos, quando você resolve levar a sério as suas aspirações e necessidades; no trabalho quando resolvemos não agir com malícia, garantindo a cada um o que lhe for devido; enfim, em todas as áreas podemos, ou melhor, devemos manter um elevado padrão moral, pois o nosso Cristo nos deu exemplo.