Ao
entender que o sacrifício de Cristo foi para mim, começo a viver uma
vida de gratidão baseada no princípio de que preciso mudar minha prática,
isso gera ‘metanóia’, mudança de
mente, a partir daí devo TRANSFORMAR-ME de acordo com essa renovação de
entendimento. Só então eu começo a experimentar qual é a boa, agradável e
perfeita vontade de Deus (Rm 12.2). Descobrindo que sou salvo
tenho a responsabilidade de mudar minha conduta para parecer com Jesus, e ser
exatamente como Deus quer que eu seja.
Isso passa
primeiro por um doloroso exame das nossas convicções, por uma crise, ou seja, uma
ruptura com nossos antigos conceitos, com a forma de ver o mundo e de fazer qualquer coisa. Depois disso, a conclusão mais óbvia que qualquer um pode
chegar é que NÃO é salvo pelos próprios méritos, que está fazendo tudo errado,
pois ainda não pratica nada que o Cristo viveu. Não quer dizer que todas as
nossas convicções fossem de fato mentiras, mas que as bases de tudo, agora que
você encontrou Jesus, são remodeladas pelo conceito de Cristo e por Sua vontade.
Basicamente não foi tudo em vão, mas agora as coisas fazem mais sentido. Se os
frutos da nossa vida não são o que Deus realmente quer (Mt 3.8), pode ser que
Deus não te queira (Mt 7.23), não digo isso acreditando que alguém que se
achega a Deus possa ser lançado fora, mas quero dizer que não foi a Deus que esta
pessoa se achegou.
Em segundo lugar,
você percebe que é SALVO, pois o Cristo que morreu na cruz te deu acesso
através do seu sangue, por meio da fé (Ef 2.8). Aí você sente uma vontade enorme
de testemunhar Cristo, respirar Cristo, viver Cristo e encontrar a Sua vontade
e vivê-la. Afinal, Ele, o UNGIDO de Deus, nos amou. Você então
começa a TRANSFORMAÇÃO, 'metanóia', a
mente está nova de novo, zero Km, pronta pra começar, agora no caminho da
SANTIFICAÇÃO.
Todo este desejo, nesta intensidade de
sentimentos que invadem o nosso ser, por viver e proclamar cristo, a partir de
uma mudança de nossas perspectivas, nos impulsiona a adorá-Lo, em
reconhecimento de Sua grandeza e santidade e uma profunda sensação de comunhão
com Ele mesmo nos momentos de adoração. Mas ser adorador não pode ser uma
iniciativa apenas emocional, só em situações em que nossos sentimentos gritam
de felicidade e satisfação.
Ser um adorador é uma característica que nós os cristãos consideramos importante, porém a
Palavra afirma que Deus não quer somente alguns caras que o adorem, tem algumas
características que o adorador TEM que ter: Adorar em ESPÍRITO e adorar
em VERDADE.
Alguns adoram a
Deus, sem nem mesmo conhecê-lo, sem saber o que adoram (Jo 4.22-24), isso é o
mesmo que idolatria, não tem valor, pois o âmago da adoração é o relacionamento
pessoal com o ser adorado, neste caso o Deus vivo, este é o único tipo de
adoração verdadeira, pois só Deus é um ser pessoal, os outros são só ídolos mortos
que nada podem fazer.
Estou inclinado
a acreditar que adorar em ESPÍRITO além do fato de ser com íntima ligação com o
Espírito Santo, tem haver com uma adoração COMPLETA, com a vida toda, com toda
nossa capacidade de viver e respirar; não adianta adorar com os lábios e sua
vida durante a semana ter mais semelhança com a vida de um participante do BBB
do que com a vida de Cristo. A adoração tem de ser PLENA, sem cortes, pausa ou
intervalos para dar lugar ao Diabo, antes o que falamos tem que ser fruto de
uma prática diária de comprometimento
com a adoração.
Sobre "adorar em
VERDADE", há uma ligação íntima entre verdade e SANTIFICAÇÃO, que só pode iniciar e prosseguir com base no conhecimento
da Verdade. O início da caminhada Cristã depende de OUVIR a Verdade (Rm 10. 17), conhecer a Verdade (Jo 8. 32) e VIVER a Verdade (Jo 17. 17).
Isto é, adorador que adora em VERDADE precisa lembrar que está em uma caminhada de santificação, e não pode
parar e nem retroceder, só tem um caminho, e é continuar caminhando. Uma vez
ouvi certo provérbio que dizia: “Caminhos são feitos para JORNADAS, não para
DESTINOS”; basicamente fala da importância que o caminho tem em nossa jornada de vida, ele é feito para não parar de caminhar,
não só para levar a um destino ou porto, ou paraíso. Seguimos a santificação para
sermos como Jesus é, e não para ganharmos o céu, é bem verdade que “sem
santificação NINGUÉM verá a Deus” (Hb 12.14), mas nosso objetivo não é apenas ver
a Deus e sim ser como Cristo, e viver para sempre com Ele.
A devoção total em santificação é o único meio de ser um verdadeiro adorador, a
estes que o Pai procura (Jo 4.23), e esta é a maneira de agradar a Deus, mas
não é tudo, ainda há muitos passos a dar em direção a cumprir a vontade de
Deus.
Ser maduro é o
próximo passo.