No final de todo este
processo, após inúmeras tentativas de ambos os lados, me parece que uma
impressão peculiar resta: não importa o lado que olhemos o cenário é de fim de
guerra. Dia 31 de agosto, está marcado para ser o dia em que saberemos em que
mão este bastão quebrado caminhará por mais alguns dias, nada é certo.
Não há, na política
brasileira, um nome sequer que cause bons ânimos para o povo como um todo,
todos estão divididos, quem ‘ganhar’ sai com a tarefa, quase impossível de
renovar a esperança de um povo que foi violentamente desencorajado de
acreditar.
Mas
a nossa pátria está nos céus, donde também aguardamos um Salvador, o Senhor
Jesus Cristo. (Fp 3.20)
Com a dupla cidadania
que possuímos, ficamos tentados a esquecer a pátria terrena e em uma espécie de
ostracismo, acreditar que só importa lutar pelo Céu. Porém, o maior tesouro de
uma pátria é o seu povo, e o que mais importa a Cristo senão o povo, pelo qual
ele mesmo morreu?
Não é hora de tratarmos
tudo isso como política, não é hora de nos valermos daquela cidadania que nos
agrada e desprezar esta que está amarrotada, não é uma roupa, que podemos nos
despir e parecermos indiferentes a tudo. É hora de proclamar ESPERANÇA.
Esperança para o Povo
que, apesar de não acreditar, precisa ver uma saída para tudo isso. Se as
coisas vão mal, é por que nós deixamos de lutar pela pátria temporal, a “pátria
amada”, deixamos de nos importar com pessoas que precisam de amor, de cuidado e
sobretudo de esperança. Só que a única maneira de comunicar esperança é através
do amor, sem amor, não vale nada nosso discurso.
Na bancada do Senado,
homens e mulheres falam de seus pontos de vista, mas uma coisa é certa, a crise
afeta o país, isso ninguém nega. Nunca antes estivemos tão próximos do fundo.
Parei para pensa em como está sendo para aqueles que dependem dos outros para
sobreviver, de um prato de comida, de um pedaço de pão, daqueles que não tem
nada e contam apenas com a solidariedade, quantos deles estão sem esperança?
Precisamos parar de olhar para partidos de oposição ou situação e olhar para o
POVO, que sofre, que chora, que sente.
Se Dilma ficar, que a esperança
se renove, se Dilma sair que a esperança aumente, “ainda que a terra se mude, e ainda que os montes se projetem para o
meio dos mares; ainda que as águas rujam e espumem, ainda que os montes se
abalem pela sua braveza.” que o POVO não esqueça que nossa ESPERANÇA
continua por que: “Deus é o nosso refúgio
e fortaleza, socorro bem presente na angústia” (Salmos 46).